Biguaçu,  SANTA CATARINA

SC: O que fazer em Biguaçu

Muito ligada culturalmente à capital Florianópolis, é comum que moradores que trabalham e estudam na capital, voltem ao município somente para dormir, o que a caracteriza de cidade-dormitório. Ainda assim, é um local com atrativos históricos e naturais. Confira agora os pontos turísticos e o q.

Um pouquinho da história de Biguaçu

Um dos municípios mais antigos de Santa Catarina, Biguaçu era conhecido inicialmente como Vila de São Miguel da Terra Firme. Fundado em 1747 com a chegada dos primeiros açorianos, foi só em 1833 que a freguesia de São Miguel se tornou município, desmembrando-se da capital da então Província de Santa Catarina, Desterro. A cidade, que chegou a ser sede do Império por dois dias quando D. Pedro II e sua corte a visitaram em 1845, conserva o patrimônio arquitetônico deixado pelos antigos habitantes. Contudo, foi só em 1910 que o nome do município foi mudado para Biguaçu.

Coladinho na capital catarinense, distante apenas 17 km, Biguaçu destaca-se por sua gastronomia à base de frutos do mar e por seu acervo arquitetônico e histórico, que pode ser visto em centenárias edificações com estilo colonial. Destaque ainda para os atrativos naturais, como o Balneário de São Miguel, lugar de mar calmo e areia fofa. O turismo rural também ganha espaço em Biguaçu com fazendas, sítios e demais empreendimentos de lazer em diversas áreas do interior do município.

Centro de Biguaçu

A parte central da cidade de Biguaçu guarda um dos últimos exemplares de construção histórica. O Casarão Born foi construído em 1891 e fica localizado na Praça Nereu Ramos. Pertencente ao primeiro prefeito de Biguaçu, João Born, o casarão possui um estilo misto, teuto-açoriano, representando a diversidade cultural local. Tombado pelo patrimônio histórico estadual, atualmente funciona como centro de informações, biblioteca virtual, salões de exposição e é sede da Academia Municipal de Letras.

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Casarão Born – Imagem: Google Street View

Parque Aquático Biguá-Açu

Uma atração que agrada muito às famílias da região é passar o dia no Parque Aquático Biguá-Açu. A diversão é garantida e o contato com a natureza também. São mais de 30.000m² entre árvores, morros e plantas nativas. As cinco piscinas, entre adulta e infantil e os oito tobogãs fazem a alegria das kids.

Parque Aquático para os dias quentes em Biguaçu

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São Miguel: Berço da colonização de Biguaçu

Além de dispor de uma bela paisagem e de grande oferta de restaurantes que oferecem pratos à base de frutos do mar, o Balneário de São Miguel é considerado o berço da colonização do município, que registra a chegada dos primeiros imigrantes açorianos em 1748. Uma pena, porém, que muitas das construções históricas desse período tenham se perdido na pavimentação da BR 101. Entre as sobreviventes destaca-se o Conjunto Arquitetônico Luso-Açoriano, composto pela Casa dos Açores, Igreja de São Miguel e o Aqueduto, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O local já foi ponto de encontro na região da Grande Florianópolis durante a década de 70 e 80. Suas águas calmas atraem as crianças e adepto de esportes náuticos de superfície. Na região há ainda uma cachoeira muito procurada pelos moradores do entorno.

Balneário Barra de São Miguel
Balneário São Miguel com suas águas calmas

Museu Etnográfico Casa dos Açores

A Casa dos Açores, que abriga o Museu Etnográfico, em Biguaçu, é um dos mais importantes registros da passagem dos colonizadores açorianos pela localidade de São Miguel. Construção datada do final do século XIX, originalmente pertenceu ao fazendeiro e senhor de escravos João Ramalho da Silva Pereira, tendo passado por diversos proprietários. O imóvel foi, então, adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 1978, e passou por restauração para se transformar em museu, inaugurado no dia 4 de março de 1979, com objetivo de preservar e estudar a cultura açoriana.

A Casa dos Açores é administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Sua construção suntuosa ostenta além da parte física que abriga o museu e diversas exposições de cunho cultural, uma área livre com árvores frutíferas onde ainda é possível ver parte da área de serviço utilizada para lavar roupas e captar água. A visitação é gratuita e o horário de atendimento é de terça a domingo, das 8h às 12h e 13h às 17h.

Atualização COVID-19: Na entrada haverá medição de temperatura e controle do uso obrigatório de máscaras. Somente poderão entrar SETE pessoas por vez e não será permitido tocar nos objetos expostos. Mais informações clique aqui.

Casa dos Açores em Biguaçu
Parte interna da casa dos Açores

Igreja de São Miguel Arcanjo

Fundada em 23 de janeiro de 1751, a Igreja de São Miguel é mais um belo exemplar da arquitetura açoriana. Possui um sino doado em 1845 pelo Imperador Dom Pedro II durante sua visita à Santa Catarina. A igreja fica aberta para visitação durante o horário da missa, às 18h nos domingos. Pode-se destacar no local a realização da Festa de São Miguel Arcanjo, que acontece no dia 29 de setembro e a Festa do Divino Espírito Santo, realizada no mês de junho.

Igreja de São Miguel em Biguaçu
Igreja de São Miguel

Aqueduto de São Miguel

Construção de influência romana, edificado em pedra e argamassa por escravos no século XIX, o Aqueduto São Miguel era utilizado para canalização da água que vinha da represa. O objetivo era abastecer com água potável os moradores do entorno, mover os engenhos ali existentes e, ainda, os navios estrangeiros que aportavam na Baía de Anhatomirim, rumo ao sul. Com a construção da rodovia BR-101 foram demolidos os arcos, e hoje restam apenas quatro para ilustração do atrativo. Foi tombado pelo serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 14 de novembro de 1969.

O Restaurante Aqueduto, que fica bem próximo aos arcos, atrai moradores e visitantes. Com sua vista privilegiada para a cachoeira, o local serve pratos à base de frutos do mar.

Aqueduto em Biguaçu
Os arcos que restaram do Aqueduto de São Miguel

Mais atrativos

  • No interior do município, existem várias cachoeiras de águas limpas próprias para o banho. Uma das mais procuradas é a Cachoeira do Amâncio, região situada no interior do município, na divisa com Tijucas, São João Batista e Antônio Carlos. A formação do relevo da região propicia o surgimento de diversas quedas d’água, algumas com mais de 30 metros.
  • No mês de maio acontece o maior evento municipal, a Bigfest. Com três semanas de duração, o evento celebra o aniversário da cidade e reúne exposições, parque de diversões, show e corte de bolo.
  • Na Vila de São Miguel, às margens da BR 101, a Reserva indígena da tribo Guarani Mbyá retrata um pouco da cultura guarani e possui ponto de venda de artesanato, como cestarias e adornos.
  • A zona rural de Biguaçu é diversificada e destacam-se as localidades de Santa Catarina, com sua colonização alemã que valoriza os jardins e quintais das suas propriedades e Três Riachos e Sorocaba que alternam a colonização escravocrata açoriana e a italiana oriunda do vale do Rio Tijucas, com agricultura diversificada e belezas naturais ímpares como o leito de pedras roliças do rio que corta Sorocaba.

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